Dentro das boas práticas do email marketing há muitas condutas consieradas apropriadas ou inapropriadas. Uma das zonas nebulosas está nas sutilezas do conceito de "soft opt-in", que pressupõe uma relação comercial prévia, mas que não é estritamente falando uma ocasião de "opt-in".

Um bom exemplo é o seguinte: em convenções e palestras é uma prática comum a troca de cartões de visita. Isso claramente estabelece uma relação entre as partes, mas será que pode-se pressumir que há uma permissão para envio de email marketing também?

 De acordo com o CAPEM (Código de Autorregulamentação para a Prática do Email Marketing), isso é, em tese, permitido. No Capítulo II do Código, definem-se:

• "Base de Destinatários" como lista de nomes com com quais você tem relacionamento,
• "Opt-in" como permissão concedida por esses destinatários e
  
• "Soft opt-in" como envio de mensagens sem Opt-in, porém sempre a partir da prévia e comprovável relação comercial ou social entre o Remetente e o Destinatário.

 A troca de cartões estabelece uma relação comercial ou social comprovada entre remetente e destinatário, configurando assim o caso de "soft opt-in". Ainda de acordo com o CAPEM, o email marketing correto é o enviado para as bases de destinatários que sejam opt-in ou soft opt-in. Ou seja, tecnicamente falando, o envio de email marketing para pessoas que trocaram cartões de visita com você está dentro da conduta ética esperada.

A grande questão é, no entanto, se mesmo sendo tecnicamente permitido seria uma boa ideia realizar envios para esses contatos. Sim, tecnicamente é aceitável adicionar emails provenientes de cartões de visita trocados, mas seria de fato algo benéfico para sua política de email marketing?

Aqui entramos na zona cinza das boas práticas do email marketing e é aqui que entra mais o bom senso do que a regra. Só porque algo é permitido não quer dizer que deva ser feito e nesse caso a boa reputação da sua empresa e os resultados da sua estratégia de email marketing estão em jogo.

A sugestão é que se você pretende inserir os emails das pessoas com as quais troca cartões de visita ou se relaciona profissionalmente, deixe isso bem claro na hora do contato. Pronto, uma solução simples que pode evitar muitas interações negativas e descadastros no futuro. Por quê permanecer na zona cinza das boas práticas do email marketing se é tão mais simples ir para a zona livre?