Boas Práticas do Email Marketing: aprendendo com erros alheios - o caso Facebook
Publicado em 11 de abril de 2012Uma das novidades recentes no mundo da tecnologia é a compra do app de compartilhamento de fotos Instagram pelo gigante Facebook, algo que deixou muitos usuários insatisfeitos e/ou apreensivos. Levando em consideração que a rede social já teve problemas no passado por se apropriar de dados de seus usuários para fins comerciais, não é implausível o medo de muitos usuários do Instagram de terem seus dados apropriados sem permissão pelo Facebook. Esse medo inspirou até respostas radicais como tutoriais sobre como excluir todas a fotos do Instagram preventivamente.
Isso nos retoma novamente à questão sobre privacidade e permissão (ver mais sobre essa discussão em "Boas práticas de email marketing: seria privacidade algo do passado?"). Algumas vezes é até possível que grandes redes sociais, como o Facebook, se safem com esse tipo de atitude. Não deveriam, mas acontece. E acontece porque mesmo quando há alguma polêmica, como o repasse de dados de usuários a anunciantes, as pessoas podem ficar revoltadas mas no fim não deixam de utilizar o serviço.
É uma atitude que, contudo, não funciona com o email marketing. No contexto do email marketing o que você faz com os dados dos contatos que se cadastram em uma lista de envios sob sua responsabilidade é crucial para o sucesso da mesma.
Se um contato depois de assinar uma newsletter ou realizar uma compra passar a receber anúncios de terceiros nunca antes vistos, vai passar a pensar duas vezes antes de divulgar outros dados essa empresa ou de fazer uma nova compra naquele site, por exemplo. O respeito à privacidade dos dados fornecidos por contatos é um dos pilares das boas práticas do email marketing. Portanto, a não ser que você insira no seu formulário de inscrição um checkbox "Sim, aceito receber emails de terceiros" (de preferência que não esteja previamente marcada) você não deveria se sentir no direito de repassar esses dados a outros, sob quaisquer circunstâncias.
Se grandes redes como o Facebook tomassem cuidado com esse tipo de atitude em relação aos dados de seus usuários, não teriam que enfrentar desconfiança ou descadastro em massa toda vez que anunciam um novo serviço ou que compram um aplicativo popular como o Instagram.