Muito já foi dito sobre o futuro do email. Seguindo a lógica de previsões alarmistas que diziam que o rádio seria o fim dos jornais, que a televisão seria o fim do rádio e que a internet seria o fim de tudo, a mais recente profecia fala sobre o fim do email como forma de comunicação digital. O email, dizem alguns, será (ou já está sendo) substituído por mensagens rápidas em texto, documentos editáveis tipo wiki, comunicação via redes sociais, etc.

                                     

Uma das declarações mais influentes a esse respeito veio de ninguém menos do que Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, enquanto ele anunciava um novo serviço de mensagens da rede social. Não poderíamos dizer que a posição de Zuckerberg é, por assim dizer, imparcial, mas não deixou de causar certo furor na mídia e redes sociais.

Uma outra notícia que gerou manchetes nos últimos meses a esse respeito foi o anúncio da empresa de TI Atos de banir o uso de emails internos como forma de comunicação primária entre seus funcionários até o ano de 2014. Seria mesmo o fim do email? Estaria Zuckerberg certo em sua previsão?

De acordo com pesquisa divulgada recentemente pela Ipsos/Reuters, a resposta para essas perguntas é simples: não. A pesquisa revelou que o email contiua sendo a ferramenta mais utilizada para comunicação na internet, mesmo com o crescimento das redes sociais nos últimos anos. Dentre os usários da internet pesquisados, 85% utilizam o email como forma de comunicação, enquanto 62% estão conectados em redes sociais.

Com certeza esse é um debate que ainda vai longe, mas é difícil imaginar o email sendo completamente substituído. É muito mais provável que as redes sociais e o email coexistam como formas de comunicação, da mesma forma que a televisão e o rádio acabaram ocupando lugares separados nas vidas das pessoas, sem a extinção de um ou outro.

Mesmo que o email mude e se adapte às novas exigências dos usuários, é muito difícil que ele venha a desaparecer inteiramente para dar lugar à outra forma de comunicação digital. Portanto, nada de alarme quando você se deparar com essas e outras declarações com previsões bombásticas.