Às vesperas da eleição uma das coisas que mais tem surgido entre os eleitores é a indignação com o número de spam recebidos, de todos os lados do espectro político, vindos de amigos, parentes, colegas de trabalho em uma militância mal-direcionada. Na rede social Twitter, por exemplo, há uma profusão de protestos nesse sentido. Algumas pessoas reclamam de receber até 50 emails por dia com esse teor. É caso clássico para analisarmos porquê envio de email não solicitado, também chamado de SPAM, simplesmente não funciona.

Quando utilizado de maneira apropriada o email marketing político pode ser muito vantajoso, ele estreita laços entre candidato e eleitor e serve como fonte de notícias e avisos sobre datas de comícios, debates, pesquisas, etc. Em outras palavras, é útil para quem se interessa. Por outro lado, quando emails não solicitados com teor político chegam às caixas de entrada quase sempre são mal-recebidos. Por quê?

Porque a não ser que você concorde 100% com o conteúdo daquela mensagem e, detalhe importante, não se importe nem um pouco de receber spam, você não vai mudar seu voto baseado no conteúdo de um email. Isso quer dizer que na grande maioria dos casos aquele simples email só vai causar incomodação.

Entendemos que quando as pessoas enviam esse tipo de mensagem, o fazem com a melhor das intenções, mas continua sendo spam. Lembrem-se sempre que todo email não solicitado e enviado em massa é spam. Simples assim. Uma das razões pelas quais não é efetivo é justamente porque sofre do mesmo problema do spam, é um envio no escuro. Você pode presumir que todos na sua lista compartilham das suas ideias, mas é bastante provável que isso não seja verdade.

Afinal, o voto é secreto. E sendo o voto algo pessoal e complexo, é difícil imaginar que as pessoas tomem decisões baseadas em spam. Em resumo, podemos tirar mais uma lição a partir das boas práticas do email marketing nesse sentido: é bem mais provável que um envio desses cause irritação do que gere votos para o seu candidato.